sexta-feira, 27 de julho de 2012

Meu desktop




Minha mesa de trabalho possui sempre uma caneca com chá ou café, cheia ou já vazia. Há um vaso com uma flor que insiste em ir embora e eu quero que fique linda mais uns dias. Tenho vários dicionários: regência, lexical, inglês, francês, hebraico, espanhol, da história disso ou daquilo, de conjugação de verbos e o dicionário do amor.
Roland Barthes escreveu Fragmentos do discurso amoroso e o organizou por tópicos. Eu acho que este blog pode se tornar um dicionário de fragmentos sobre mim, um meta-eu. Sinto segurança e apoio ao observar que minha mesa de trabalho e estudos está como eu gosto. Com tudo à mão e um caos tendendo à ordem. Tenho as dobraduras que ganhei de quem eu amo e os pesos de papel que são usados de enfeite.
Tenho grande interesse por Literatura, Cinema, Línguas, Artes e Cultura. Gosto muitíssimo de estudar e ensinar. Preciso só aprender por aonde ir. Preciso decidir o que fazer e quais os rumos tomar. Quais livros ler e o que escrever. Se insisto em outra forma para continuar ou se aproveito e crio mudanças. Vivo um período imenso de dúvidas e indecisão.
Sentar-me para trabalhar em casa foi um direcionamento importante. Pedir demissão e deixar para trás um projeto que duraria, talvez, até outubro foi tão difícil que eu tive que adoecer para entender. A vantagem é que atendi ao pedido. Estou feliz e com medo de não conseguir tantos freelas a ponto de me manter com conforto. Por outro lado vejo o resultado de minha dedicação ao trabalho, que nem foi tão grande e tão difícil assim. Em quinze dias eu já tenho possíveis clientes e uma excelente perspectiva de crescimento. Sinto-me bastante segura em poder já pagar as contas do mês que vem e no outro, não sei.
Corda-bamba de tudo e minha mesa como suporte. Ou seja, a mim me tenho. Não, não me basto, mas tenho como continuar. É fato que fui aprovada em uma ótima posição em um concurso público e, ainda assim, há muito que fazer para obter os certificados necessários para assumir o cargo. Acho que mudanças vêm por aí e, da mesa eu vou seguindo pra rua. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Vida à contragosto


Eu não sei bem sobre o que escrever. Se sobre organização da minha vida, se sobre o passado recente ou outros blogs. Se penso em falar sobre o meu cotidiano acaba que  não tem como falar sobre como estou hoje sem pensar no que aconteceu ou sobre como alguns blogs me ajudaram. 
Daí eu decidi usar esta semana para passar algumas coisas a limpo. E, arrumando por fora, arrumo por dentro. Este é um processo que tem funcionado quase bem. 
Tive que viver grandes mudanças e transformações, grosso modo, uma garota do interior que se mudou para a cidade grande, como era seu sonho de criancinha, teve que crescer. 
Em janeiro do ano que vem fará uma década que estou morando em São Paulo. Praticamente no mesmo lugar.Eu fiz Letras na graduação e mestrado em Literatura. Faz dois meses que defendi o mestrado. 
Tanta coisa aconteceu, como era de se esperar. Entretanto o que acabou me marcando furiosamente foram as traições. Os desenganos que as pessoas fazem a si mesmas e acabam nos afetando. E também, óbvio, as calhordices. Eu não quero me lembrar destas histórias por agora, estou melhor da depressão a cada dia. Mas tenho pesado muito as minhas próprias atitudes e como o meu jeito contribuiu para que eu chegasse à borda da vida. Sem me esquecer o que eu pedi e esperava de ajuda de pessoas que se diziam amigas.
Colocar os pingos nos is, que significa saber da responsabilidade e da implicação de cada um nas relações. Assim, você não se deixa usar e nem usa as pessoas. 
Esperar o socorro de quem não quer ajudar, e também não deixa isto claro, é a pior coisa que pode acontecer para um deprimido. E eu pedi, gritei, esperneei, liguei, mandei emails seríssimos, conversei. E fiquei para trás. Estas pessoas estavam ocupadas vivendo suas vidas. Elas também se esqueciam do quanto eu sempre fui presente e amiga, sem me gabar, mas eu sempre me senti responsável pelos meus amigos. 
Eu sentia a vida sendo vivida, passando por mim, sem me pedir licença, sem avisar. Ela chegava e saía e eu ficava inerte. Eu só não queria mais. 

sábado, 21 de julho de 2012

Por um recomeço

Eu gosto muitíssimo de blogs. Leio vários e sobre os mais diversos assuntos. Acontece que eu nunca consegui manter um blog por mais de cinco postagens. Este será o desafio entre o desvario, que é  meu jeito de ver as coisas, e as duas linhas por dia. 
Espero que o exercício da escrita seja confortante cada dia que eu cumprir meu objetivo. Mas que ele continue delirante, como deve ser a escrita em seus questionamentos. 
Boa sorte para mim! :)